Alporquia

Posted on 07:52
A alporquia é um dos métodos de propagação vegetativa mais antigos. Indícios histórios mostram que os chineses já a utilizavam há 4 mil anos com sucesso. Devido ao fato de não ser tão agressivo como a estaquia, a alporquia é um método indicado para plantas que têm dificuldade de enraizar por estacas e para aquelas que queremos rejuvenescer. A alporquia é muito semelhante à mergulhia, diferindo desta por ser utilizada sem vergar os ramos até o solo, levando pelo contrário o solo até o ramo. A alporquia também pode ser chamada de mergulhia-aérea.
O método consiste em estimular o crescimento de raízes em um ramo ou no caule principal de uma planta, sem que esta seja separada da planta mãe. Desta forma, o ramo que está se desenvolvendo, continua sendo alimentado com seiva, sem sofrer com a desidratação e o enfraquecimento que geralmente acontecem na estaquia. Em larga escala, a alporquia é um método caro e de baixo rendimento, se comparado à estaquia, portanto é indicado apenas para plantas que têm dificuldade de se propagar por outros métodos.
A alporquia além de método de propagação, também é uma ótima maneira de rejuvenescer plantas que se desenvolveram demais em altura e apresentam caule compridos e desfolhados. A alporquia com esta finalidade é comum em Fícus, Dracenas, Crótons, Comigos-ninguém-pode, Filodendros, etc.

O local da anelamento deve ser coberto
com esfagno e protegido com plástico
Há duas principais maneiras de se fazer a alporquia. Uma destina-se principalmente a ramos herbáceos e semi-lenhosos, e consiste em se fazer um pequeno corte transversal no ramo, mantendo-se o corte aberto.
A outra é mais indicada para ramos lenhosos e trata-se de se fazer dois cortes circulares e paralelos e o descascaque do local, permanecendo um anel, chamado de anel de Malpighi. A diferença principal entre os métodos é que o primeiro não interrompe a circulação de seiva elaborada, sendo mais suave, e o segundo permite apenas a circulação de seiva bruta, interrompendo totalmente a passagem da seiva-elaborada. O anelamento também pode ser realizado através do amarrio de um arame metálico, chamado de “forca” ou “torniquete”. Pode-se fazer ainda um anel incompleto, com um pequeno segmento permitindo a passagem de seiva elaborada.
Após o corte, em qualquer um dos métodos, se procede à aproximação de musgo, esfagno ou outro substrato úmido, envolvendo bem o local, com a utilização ou não de hormônio enraizador no local do corte. Cobre-se então o substrato com plástico, preferencialmente escuro, amarrando-se em ambas as extremidades com barbante ou fita adesiva, sem apertar. Pode-se deixar um pequeno orifício na parte superior que permita regar o substrato.
Com o passar de algumas semanas ou meses, dependendo da espécie, as novas raízes já estarão bem formadas e o alporque poderá ser cortado, logo abaixo das raízes e replantado em um vaso. As raízes nesta fase, são muito finas e delicadas e ao se retirar o plástico, o pequeno torrão deve ser preservado. Após o plantio em vasos, as mudas assim formadas devem permanecer em estufa úmida até o completo enraizamento, antes do plantio no local definitivo.

Plantas indicadas para propagação por alporquia:


É possível fazer alporques em muitas
frutíferas, como pitangueiras
  • Azaléia
  • Bordos (Acer sp)
  • Cerejeira
  • Cipreste
  • Pitangueira
  • Romã
  • Jabuticabeira
  • Azevinho
  • Camélia
  • Laranjeira
  • Macieira
  • Nogueira-pecan
  • Pereira
  • Gardênia
  • Magnólia
  • Roseira
  • Dracenas
  • Comigo-ninguém-pode
  • Ficus
  • Filodendro
  • Monstera
  • Cróton
  • Falsa-arália
  • Tuias
  • Pinheiros

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Estaquia

Posted on 19:18 In: ,
A estaquia é um dos métodos de propagação de plantas mais utilizados. Muitas plantas inclusive só podem ser multiplicadas economicamente através deste método. Ou porque produzem sementes pouco férteis ou porque raramente produzem sementes. Sempre verifique o melhor método de propagar a espécie desejada, assim com certeza você obterá maior sucesso nas suas tentativas.

Alguns materiais são necessários para começar a estaquia. A maioria deles você já deve ter em casa, como ferramentas de corte (tesouras, facas). Outros não são obrigatórios mas aumentam a suas chances, como hormônio enraizador por exemplo. Vamos a uma lista de materias básicos:

Vasos e substratos devem se adequar à espécie
de planta propagada
Foto: Hajime Nakano
  • Ferramentas de corte: o tipo de instrumento vai depender da planta que será utilizada. Ramos lenhosos exigem tesouras de poda mais fortes. Você poderá utilizar facas, canivetes, tesouras, alicates, serras, etc. O cuidado com estas ferramentas deve ser impecável. As lâminas devem ser muito bem afiadas e desinfetadas antes a após o uso, para evitar doenças transmissíveis.
  • Recipientes: Você pode reciclar potes plásticos de margarina, requeijão; garrafas pet, caixinhas de leite e muitas outras embalagens que poderiam ir para o lixo. Pequenos sacos plásticos são imprescindíveis para grandes quantidades e podem ser adquiridos em grandes floriculturas.
  • Substratos: Dependendo da espécie a ser multiplicada, utilizaremos um ou outro substrato. Algumas plantas epífitas, exigem fibra de côco, por exemplo. Assim, estude e pesquise qual substrato se encaixa melhor para as suas estacas e lembre-se que nem sempre o substrato da planta adulta é o melhor para a produção das mudas.
  • Outros itens: Identificadores, como plaquinhas e etiquetas plásticas devem ser utilizadas. Hormônio enraizador em pó combinado a um bom fungicida pode alavancar as suas chances de sucesso, tente adquirir algum.

Com o material em mãos verifique qual o melhor tipo de estaquia. A estaquia pode ser classificada em:

Estaquia de Ponteiro:


Estacas de ponteiro são adequadas para azaléias
Foto: Jmsrobertson

Muito utilizada para plantas ornamentais de pequeno porte para vasos e jardins e que precisam de um aspecto perfeito de folhagem. Escolha sempre os ponteiros laterais mais fortes, saudáveis e sem flores (estacas de 7-12 cm). Remova as folhas inferiores e coloque as estacas para enraizar na água ou em composto preparado na mesma hora; sempre em local quente e úmido. Não guarde estacas de ponteiro para plantar depois, elas são as mais frágeis e devem ser plantadas na hora.

Estacas Semilenhosas

São as estacas tenras no ápice, mas firmes na base. É um método bastante utilizado para a produção de mudas arbustivas. Da mesma forma que o método anterior, escolha sempre ramos saudáveis e sem flores (estacas de 10-15 cm). A base das estacas deve ser pelo menos um pouco lenhosa. Retire as folhas inferiores e corte as folhas restantes pela metade, este procedimento reduz a transpiração excessiva. Remova uma lasca da base e aplique o hormônio enraizador em pó antes de plantar. Coloque as estacas para enraizar no composto em local protegido.

Estacas Lenhosas:


Hibiscos podem ser propagados por
estacas lenhosas
Foto: Paul Fenton

São estacas produzidas de ramos já lignificados (firmes). É um método utilizados para árvores, arbustos e roseiras em geral. Da mesma forma, os ramos devem ser saudáveis e sem flores, com 15 a 30cm. Em plantas decíduas, espere que todas as folhas caiam antes de fazer as estacas. Em roseiras, retire estacas de ramos que já floresceram. Estas estacas podem ser plantadas diretamente no local definitivo, embora seu "pegamento" seja melhor em recipientes.

Estacas de Raiz:

Algumas plantas se encaixam muito bem neste tipo de propagação, pois guardam muitas substâncias nutritivas na raiz e tem grande poder de regeneração. Comece desenterrando uma planta jovem com cuidado e solte a terra em volta dela com água, para não danificar as raízes. As raízes escolhidas para estacas deverão ter no mínimo 5 mm de diâmetro e de 5 a 15 cm de comprimento. Faça um corte reto junto à base da raiz mãe e um corte oblíquo na outra ponta. Coloque as estacas com o corte oblíquo para baixo no substrato e cubra-as deixando a outra ponta à mostra, depois cubra com 3mm de areia. Regue regularmente.


Vaso de garrafa pet

Posted on 19:05 In:

Aprenda aqui a fazer você mesmo funcionais vasos de garrafa pet de 2 litros para suas orquídeas! Passo-a-passo!

O quantidade de lixo que o ser humano produz hoje no planeta é alarmante, cabe a cada um de nós fazermos nossa parte reciclando tudo que pudermos! Quando vou no supermercado levo minha sacola na qual coloco o que comprei, evitando levar para casa aquele monte de saquinhos plásticos onde colocam separadamente cada coisa comprada, e que só aumentam o lixo doméstico. Garrafas pet é o que mais encontramos gratuitamente no Brasil inteiro. Vamos utilizá-las para fazer excelentes e duráveis vasos para orquídeas epífitas. Esses vasos, além de baratos, são ótimos porque reunem as condições básica de luminosidade direta nas raizes da planta pelo plástico transparente (na Natureza as orquideas epífitas têm suas raizes expostas naturalmente nos troncos onde estão fixadas), e proporcionam uma ventilação natural pelos vãos entre as tiras! Você pode fazer vários deles e guardá-los encaixados um no outro, que não ocuparão espaço em sua área de serviço sob a pia, e tê-los à mão sempre que precisar de um vaso novo pra plantar uma nova muda! Vamos fazer desses vasos então?!? MÃOS A OBRA!

1. Precisarei de uma garrafa pet de dois litros (qualquer uma, a de coca facilita porque já tem os gomos que ajudam na hora de cortar as tiras, mas serve qualquer garrafa pet de dois litros), uma faca, canivete ou estilete, uma tesoura, um alicate de artesanato e arame galvanizado nº16, comprado em lojas de material de construção em rolos de 1 kg e não é caro, dá pra fazer dezenas de vasos.

2. Com a faca ou estilete escolar, farei um corte no meio da garrafa pet para facilitar enfiar a tesoura ali

3. Usando a tesoura, cortarei a garrafa pet ao meio, para fazermos dois vasos, pode ser que no final um saia maior que o outro, sem problema, você criará com essa técnica diferentes tamanhos conforme sua necessidade. Phalaenopsis preferem vasos mais compridos, nesse caso uso praticamente uma unica garrafa.

4. Iremos cortar tiras longitudinais com largura de 3cm mais ou menos, até uns 3 a 4 cm do fundo do vaso. Não precisa medir milimetricamente essa largura das tiras, no final a última poderá ficar mais estreita, sem problema…será utilizada como as demais.

5. Feito isso teremos dois vasos com cerca de 10 tiras cada um. Lembre-se, estaremos trabalhando os dois pedaços da garrafa para fazermos dois vasos extremamente práticos e baratos para nossas orquídeas

6. Agora iremos dobrar para dentro, a ponta de cada tira, devendo a dobra ter cerca de 01 cm (um centímetro), e a partir da primeira tira dobrada, iremos dobrando as demais na mesma altura para que a borda do vaso fique linear, sem altos e baixos. Com isso uma tira poderá ficar com a aba dobrada maior que um centímetro, mas aconselho que não fique menor que isso

7. Dobradas as pontas das tiras pro interior do vaso, com o alicate de artesanato iremos fazer dois piques laterais de uns dois milimetros em cada tira. Esse alicatinho faz o pique no tamanho ideal. É barato e encontrado em qualquer loja de 1,99 ou feira. Já tentei improvisar fazendo os piques com faca, o risco de machucar-se é alto e com tesoura. Em ambos os casos muitas vezes o corte excede o tamanho desejado e praticamente inutiliza a tira. Com o alicatinho faremos os piques rapidinho e sem problemas de machucar-se ou cortar além dos dois ou três milimetros.

8. Cortaremos dois pedaços de 60 cm cada um, do arame galvanizado nº16, pra fazermos a armação da borda dos vasos, fazendo um gancho numa extremidade do arame. Com a outra ponta iremos enfiar o arame entre os piques de cada tira. Para não errar, dobra-se ligeiramente a abinha externa do pique e enfia ali o arame, passando ele por baixo da aba dobrada e na outra lateral dobra-se ligeiramente a outra abinha do pique, para facilitar a saida do arame. Assim iremos como que “costurando manualmente” com o arame cada tira, até completar o contorno. O gancho que fizemos inicialmente no arame é pra evitar que à media em que vamos costurando e puxando para trás as tiras já transpassadas, possam soltar-se. O gancho não deixa isso acontecer.

9. Transpassados com o arame cada tira, ao final iremos fazer um outro gancho na ponta do arame, unindo um ao outro e torcendo para não desprenderem-se, e então daremos um espaçamento igual entre uma tira e outra. Cortaremos pedaço do mesmo arame pra fazermos a alça, que terá a altura que quisermos, e cada ponta dessa alça prenderemos no arame da borda do vaso, torcendo uma em cada lado. Faremos furos laterais em cada gomo do fundo da garrafa pet para drenagem da água das regas. Esses furos eu faço na lateral da base do vaso, com um pedaço de barra de ferro 5/16, aquecido, fica redondinho e mais bonito. Pode-se também cortar com a faca, mas fica uns rasgos grosseiros. Nossa obra de arte está pronta!

10. Uma explicação passo-a-passo sobre como fazer alguma coisa pode parecer dificil, principalmente quando fazemos a primeira vez. Garanto que a fabricação artesanal desses vasos é simples e rápida, depois de pegar o macete da coisa consegue-se fazer um vaso desses em apenas 10 minutos. É simples, prático, econômico e estaremos com isso contribuindo com nossa parcela de ajuda na eliminação de parte do lixo doméstico.

Mini estufa de garrafa pet

Posted on 18:43 In:

Mini estufas

Material - Uma garrafa “pet”de 2 litros transparente.



- Perfure a parte inferior para a drenagem d`água;

- preencha até próximo das bordas com o substrato adequado;

- plante as sementes ou as estacas pressionando suavemente o substrato a sua volta;

- corte a parte superior conforme a linha pontilhada para facilitar o encaixe das partes;



- encaixe as partes ( é indiferente se for por dentro ou por fora );
- cubra a abertura superior da garrafa com um chumaço de algodão sem apertar para facilitar a troca de gases.


1. Forre por dentro um engradado de pvc (destes que usamos para carregar as compras no supermercado) com uma camada espessa de jornal bem úmido, mais ou menos 6 ou 8 folhas. Depois de acomodar estas folhas de jornal faça furos no fundo.

2. Preencha o fundo deste engradado com composto já pronto e com minhocas. Faça uma camada de mais ou menos 10 cm de espessura. Nos supermercados e em floriculturas encontramos um produto genericamente chamado de húmus de minhoca. Um bom húmus sempre tem alguns ovos e filhotes de minhoca que sobrevivem ao peneiramento e à embalagem.

3. Escolha no seu lixo orgânico algumas porções de cascas de frutas ou folhas de verduras, não muito.

4. Enterre este material no composto. Isto vai servir para avaliar a quantidade de minhocas que existe neste material, já que elas serão atraídas pela comida (lixo orgânico).

5. Cubra tudo com mais uma camada de jornal úmido. O jornal tem que estar sempre úmido, caso contrario roubará água do material que esta sendo compostado e este não ficará pronto em poucas semanas.

6. Providencie uma tampa para o seu composto. Isto evitará a proliferação de moscas e baratas além de servir de barreira para um eventual rato.

7. Agora uma parte bem importante! Observe por alguns dias quanto tempo as pequenas minhocas levam para comer uma determinada quantidade de lixo orgânico. Esta é a capacidade de reciclagem da sua composteira. À medida que as minhocas vão crescendo e se reproduzindo o consumo de resíduo orgânico vai aumentando. Uma minhoca vermelha do composto (Eisenia foetida) pode comer o próprio peso em um único dia, além disso com apenas três meses elas já estão se reproduzindo, podendo depositar um casulo a cada semana. Cada casulo desses pode gerar de quatro a doze pequenas minhocas que já nascem prontas para comer muito pelo resto da vida. Uma composteira doméstica pode ser considerada eficiente quando os resíduos orgânicos somem totalmente em menos de duas semanas. Outra técnica muito usada por jardineiros experientes para avaliar um composto é a quantidade de ruídos que este pode produzir. Difícil de acreditar? Então experimente, quando seu composto estiver produzindo um pequeno ruído que lembra um líquido escorrendo é sinal de que as minhocas estão trabalhando a todo vapor. Daí para a frente é um processo contínuo e crescente.
O que fazer quando a composteira está cheia

8. O que acontece com as composteiras domésticas é que elas sempre têm uma quantidade de material pronto, uma parcela de material em processo de decomposição e uma porção diária de lixo orgânico ainda fresco. Isto dificulta bastante a coleta do material que já está pronto para o uso. Para este problema temos uma solução. Veja a seguir:

9. Um engradado composteira vai sendo lentamente preenchido e as minhocas vão comendo e reciclando material de baixo para cima. Bem, um dia nosso engradado estará completamente cheio, com material já reciclado no fundo e lixo fresco junto à superfície. Isto é inevitável, mas uma maneira de contornar este problema é simplesmente forrar as laterais de um novo engradado e empilhar sobre o primeiro. Assim, dê continuidade ao processo colocando uma porção do composto cheio de minhocas no fundo do segundo engradado e siga o processo normalmente. Desta forma as minhocas continuarão trabalhando no sentido vertical e em algumas semanas a sua primeira caixa estará completamente reciclada e você terá mais ou menos 25 Kg de adubo orgânico de primeiríssima qualidade.
Onde colocar a composteira

10.
A composteira de engradados de pvc não deve ser colocada em locais sem ventilação. Não devemos desperdiçar locais ensolarados com a comnpostagem que dispensa a luz solar; as plantas sim precisam dela. Os engradados de compostagem devem ser colocados sobre um suporte que pode ser desde de um simples e pouco eficiente jornal, até bandejas ou caixas que possam coletar e canalizar o chorume (líquido que escorre do composto) completamente. Um bom composto deve produzir muito pouco ou nenhum chorume. Mas quando regamos o composto no verão isto é inevitável. Por garantia podemos acomodar nossos engradados sobre uma bandeja plástica, de metal ou de madeira, de pelo menos 5 centímetros cheia de brita, cascalho ou areia bem grossa. O importante é que o composto tenha o mínimo contato com o chorume.

11. Sofisticando um pouco mais podemos construir um suporte de concreto ou tijolos e cimento que tenha pelo menos 40 centímetros de altura e onde possamos encaixar os engradados. Devemos cuidar para tenha um dreno (furo) no fundo e então podemos preencher metade da altura com carvão vegetal (aquele que compramos para fazer churrasco) e logo por cima despejamos a mesma quantidade de brita, e por cima da brita acomodamos os engradados. Desta forma o eventual chorume escorre pela brita até a camada de carvão onde é desodorizado e ligeiramente filtrado. Evitando sujeira na sacada ou na área de serviço. Para composteiras feitas diretamente na terra este problema praticamente não existe já que o solo absorve o chorume.
O que pode ser compostado e como usar o composto gerado

12. Praticamente qualquer coisa orgânica é passível de compostagem. Preferencialmente devemos usar os resíduos orgânicos vegetais crus gerados em nossa cozinha, os restos de comida podem e devem ser compostados, porém devemos lembrar que o sal pode diminuir a qualidade de nosso composto tornando-o mais salino do que o conveniente. Pensando ecologicamente o certo é não termos restos de comida, um pouco de organização pode evitar desperdícios e viabilizar a prática da compostagem domiciliar de forma totalmente eficiente. Mas quando não conseguimos comer tudo o que preparamos o destino mais adequado para os restos de comida é a composteira. Ossos podem ser compostados, principalmente os cozidos. Já a carne crua não é o melhor material pois pode cheirar mal dentro da composteira. O jornal e outros papeis velhos podem ser usados sem problemas, mas devemos lembrar que o jornal limpo se presta muito mais para a reciclagem (fabricação de um novo papel) do que para a compostagem. Então devemos usá-lo com sabedoria.

13.
A compostagem de resíduos sanitários (papel higiênico, fraldas, absorventes,...) fica reservada para experts em compostagem, quem sabe um dia!

14. Após o composto estar pronto você pode usá-lo em suas flores, folhagens, hortaliças e temperos. Aplique de acordo com a necessidade de cada espécie de planta. Samambaias em geral e folhagens tropicais gostam de doses bem fartas de composto, algo em torno de um quarto do volume do vaso ou da floreira. Devemos repor um pouco de composto na superfície a cada estação, e depois de um ou dois anos é melhor refazer tudo (esta recomendação não vale para todas as plantas). Em gramados podemos usar até cinco quilos por metro quadrado no final do inverno e nas violetas no início de cada estação devemos aplicar na superfície da terra uma colher de sopa bem cheia de composto, misturada com uma colher de cafezinho, de farinha de osso (faça a sua com cascas de ovo ou compre uma de boa qualidade). Vale lembrar que plantas aromáticas gostam de solos bem drenados e com pouco composto (use a farinha de osso nestas plantas também).

15. Um engradado de pvc é capaz de compostar o resíduo orgânico gerado por até três pessoas. Para uma família maior é só aumentar o número de caixas. É preferível fazer duas pilhas de engradados do que empilhar muitos. Se a família dispõe de um pátio com terra poderá optar por um modelo mais convencional de composteira feita de tijolos ou madeira. Tijolos bem empilhados podem gerar uma ótima composteira mas por segurança podemos uní-los com cimento ou barro bem amassado. Composteiras de quintal devem ser feitas uma ao lado da outra formando compartimentos que vão sendo preenchidos com resíduos orgânicos um de cada vez. Assim, as minhocas vão reciclando o material a cada compartimento preenchido, seguindo o mesmo procedimento anterior.

Ensine para as crianças e também para seus amigos que a compostagem domiciliar é uma continuidade da separação do lixo, e coopera com a coleta seletiva para a diminuição dos aterros sanitários e lixões. No composto as crianças poderão aprender muitas coisas sobre a natureza com os muitos tipos de pequenos animais e fungos que surgirão junto com as minhocas. Os ácaros, tatuzinhos, besouros, pequenas aranhas e tantos outros animais do composto são essenciais para este processo, eles formam um pequeno ecossistema que vai se equilibrando com o tempo. Até as formigas ajudam quando não estão em excesso. Como podemos ver a compostagem é uma prática interessante, viável na maioria dos espaços, e (por que não dizer?) um ato de cidadania, especialmente quando fazemos isto pensando em todo o nosso lixo orgânico que ao invés de feder e poluir vai gerar mais verde e mais vida. Não é incrível termos um pequeno ecossistema dentro de casa? Boa sorte!

Como plantar temperos em um vasinho

Posted on 17:19 In:
Plantar temperos ( alecrim, salsa, hortelã, pimenta e outros ) em vasinhos em casa é tudo de bom. Olha só o bem que lhe trará:
1 - Mexer com a terra e plantas é uma terapia
2 - A casa fica mais bonita
3 - Você está colaborando com o meio ambiente
4 - A casa fica perfumada
5 - Se plantar hortelã e poejo, as formigas vão embora
6 - Sua comida vai ficar mais gostosa
7 - Você vai economizar com temperos
8 - Algumas delas têm propriedades medicinais
9 - Pode ser uma diversão pedir pra uma criança ajudá-la. E se ela se responsabilizar por aguá-la (sob sua supervisão) será um bom exercício de cidadania.
10 - Pedir que a criança colha a erva na hora de acrescentar na comida pode aguçar o apetite.

Mãos à obra

I - Forre o fundo de um vasinho ou jardineira com argila expandida. São aquelas bolinhas marrons facilmente encontradas em casas de materiais para jardim.
II - Complete com areia até a metade.
III - Plante as mudas e complete com a terra adubada.
IV - Regue até que a terra fique bem úmida.
V - Coloque areia no pratinho que apoiará a planta (para não desenvolver a larva da dengue).
VI - Identifique com plaquinhas decorativas.


Cuidados: Nos primeiros sete dias regue diariamente de manhã e à tardinha ( sem sol ). Regue apenas a terra, nunca as folhas.
As plantinhas precisam tomar sol diariamente.
Se for plantar em jardineira, deixe um espaço de, no mínimo, 3 dedos entre uma muda e outra.

Dicas: Em uma mesma floreira você pode combinar vários temperos. Alecrim, salsa, cebolinha, manjericão, tomilho, salvia, orégano, manjerona, etc. . A hortelã gosta de um pouco mais de água que as anteriores. Então, seria interessante plantá-la sozinha. O mesmo vale para o poejo , que gosta de muita água. A pimenta também fica melhor sozinha, pois gosta de espaço.